Por "Padres da Igreja" pode-se designar todos os pensadores cristãos dos primeiros séculos. São os pais da Igreja (como há os pais na nação, os pais fundadores, os pais da democracia...). Mas alguns preferem introduzir precisões.
Escritores eclesiásticos
Assim, aos que não são plenamente ortodoxos, seguindo S. Jerónimo, chamamos "escritores eclesiásticos". É o caso de Tertuliano, Orígenes ou Eusébio de Cesareia. Curiosamente, todos eles muito mais importantes que muitos verdadeiros Padres da Igreja.
Padres apostólicos
Aos mais antigos dos Padres da Igreja, chamamos padres apostólicos. Escrevem para as suas comunidades, tentando resolver problemas das comunidades. São já teólogos? Não têm pretensões doutrinais. São dos testemunhos mais antigos da fé cristã. Ligação da primeira geração pós-postólica à Igreja apostólica: Clemente Romano, Inácio de Antioquia, Policarpo de Esmirna, Papias, Hermas.
Padres apologetas
Partir do séc. II surgem alguns que responde a calúnias. Tentam defender o cristianismo e apresentar a essência da nova fé. São os padres apologetas, mediadores entre o cristianismo e cultura helenística. São pagãos, intelectuais e filósofos que se convertem: Aristides, Justino: e a sua "Apologias" (dirige-se aos pagãos) e o "Diálogo com Trifão" (dirige-se a um grego), Taciano, o Sírio e o "Discurso aos gregos"; Atenágoras; Teófilo de Alexandria; Minúcio Félix e o "Diálogo com Octávio", Tertuliano.
Estes pensadores cristãos estão na Palestina, no Norte de África (Cartago e Alexandria são centros culturais ao nível de Roma e Antioquia), na Ásia Menor, em Roma e na Grécia.
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