O período da Patrística desenrola-se até ao séc. VII, embora o período de ouro sejam os séc. III-V. O que mais condiciona o cistianismo nesta época é a transição do judaísmo para o ambiente cultural grego, a conquista espiritual do Império Romano e a progressiva separação entre Latinos e Gregos.
Ao longo deste tempo, a liberdade de culto para os judeo-cristãos tem várias nuances. Por um lado, sempre o judaísmo foi entendido com uma excepção e, por isso, tolerado no Império. Com os cristãos, tudo indica que no início assim foi, mas a partir do ano 60, com o Imperador Nero, começam as perseguições. Em 313 surge com Constantino a liberdade de consciência e liberdade para todos os cultos. Em 356, Constâncio proíbe sacrifícios e fecha templos pagãos, mas com grande tolerância. Em 361-363, regressa o paganismo com Juliano (que ficou conhecido como "o Apóstata") (a propósito de Juliano, vale a pena ler como Bento XVI a ele se refere. Ver número 24 de Deus Caritas Est). Em 380, com Teodósio, o cristianismo torna-se religião oficial e obrigatória. Em relativamente pouco tempo, de perseguidos, os cristãos passarão a perseguidores. (Nesta questão, como em todas, convém não fazer juízos apressados e tentar perceber como a união de culto era entendida como fundamental para a união do Estado.)
A teologia reflecte este contexto. Numa fase de cristãos em minoria confronta-se com a cutlura grega e surgem os apologistas. Quando o cristianismo é maioritário (mesmo sem ainda perseguir), surge a teologia mais contemplativa, a par com as correntes monásticas (ainda apenas na origem) e de espiritualidade do deserto.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment